O afastamento da tenente do Corpo de Bombeiros, Isadora Ledur, foi confirmada pelo coronel Alessandro Borges Ferreira, que é o responsável pelo inquérito policial militar (IPM) e apura as circunstâncias da morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos. Ele garantiu que a investigação será transparente e tem como finalidade apurar a verdade dos fatos que ocorreram naquele dia. A família do aluno diz que Rodrigo foi vítima de tortura e omissão de socorro. 
A morte ocorreu, dia 15 à noite. Ele passou mal na quinta-feira  à tarde, durante treinamento dos alunos na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.. No comando do treinamento estava a tenente. O aluno antes de ir ao treinamento mandou mensagem para a mãe, dizendo que estava com medo. 

A mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, disse que colegas que acompanharam o treinamento, na quinta-feira, confirmaram que a tenente teria mantido, por alguns instantes, o aluno embaixo da água, durante as diversas travessias que os alunos foram obrigados a fazer. No inquérito será apurada a suspeita que, mesmo ao reclamar de fortes dores de cabeça, ao chegar do outro lado da margem, foi obrigado a retornar a nado e mais uma vez teria mergulhado. Ao final do treinamento, as dores de cabeça aumentaram e Rodrigo ainda vomitou.

 Apesar da situação crítica, os superiores liberaram ele. Jane disse que foi exatamente às 16h42 que ela recebeu a mensagem do filho dizendo que não conseguiu terminar o treino e estava mal. A versão é que ele, sem qualquer ajuda, subiu em sua moto e pilotou até a sede do 1º batalhão, no bairro Verdão. Se apresentou ao comandante do curso, coronel Licínio, que ao ser informado que o jovem não se sentia bem, pediu para um sargento acompanhá-lo até a policlínica, logo a frente do quartel.
 Logo ao chegar o jovem passou a sofrer as primeiras convulsões, perdeu a consciência, foi transferido para hospital particular onde foi submetido a uma cirurgia de emergência para instalação de um dreno, para combater a hemorragia forte no cérebro. Depois disso o jovem foi entubado e mantido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), vindo à óbito. A morte precoce do aluno que sonhava em seguir os passos do pai, também sargento dos bombeiros, revoltou a família, que exige a apuração dos fatos e acusa a instituição de não dar assistência adequada ao jovem. Após passar por necropsia no Instituto Médico Legal, corpo de Rodrigo foi liberado. Durante parte da tarde de quarta-feira corpo ficou na sede do 1º Batalhão, no bairro Verdão. Segue para Tangará da Serra e posteriormente para ser sepultado em Sinop, amanhã. -

Tenente acusada de torturar aluno bombeiro que morreu após passar mal em treinamento em lagoa é afastada pela comando da Corporação. Afastamento da tenente bombeiro Isadora Ledur, foi confirmada pelo coronel Bombeiro Alessandro Borges Ferreira, responsável pelo Inquérito Policial Militar (IPM) que apura as circunstâncias da morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, 21. Ele garantiu que a investigação será transparente e tem como finalidade apurar a verdade dos fatos que ocorreram naquele dia.

Família do aluno diz que Rodrigo foi vítima de tortura e omissão de socorro. Morte ocorreu na noite de terça-feira (15), mas os fatos ocorreram na tarde da quinta-feira , durante treinamento dos alunos na Lagoa Trevisan.

No comando do treinamento estava a tenente bombeiro Isadora Ledur, que segundo familiares, já teria avisado ao aluno que seria dura com ele, pelo fato dele sentir dificuldades com água. O aluno antes de ir ao treinamento mandou mensagem para a mãe, dizendo que estava com medo.

Mãe contou que Rodrigo tinha medo da tenente e denuncia tortura

A mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, disse que colegas que acompanharam o treinamento na quinta-feira confirmaram a tortura praticada pela tenente, que por dezenas de vezes afundou o filho dela, mantendo-o debaixo d’água, durante as diversas travessias que os alunos foram obrigados a fazer. Três amigos dele que o puxavam para fora d’água.

Mesmo ao reclamar de fortes dores de cabeça, ao chegar do outro lado da margem, foi obrigado a retornar a nado e mais uma vez foi puxado para o fundo pela tenente. Ao final do treinamento, as dores de cabeça aumentaram e Rodrigo ainda vomitou.

Apesar da situação crítica, os superiores mandaram ele embora. Jane disse que foi exatamente às 16h42 que ela recebeu a mensagem do filho dizendo que não conseguiu terminar o treino e estava mal. Ele, sem qualquer ajuda, subiu em sua moto e veio pilotando até a sede do 1º Batalhão, no bairro Verdão.

Se apresentou ao comandante do curso, coronel Licínio, que ao ser informado que o jovem não se sentia bem, pediu para um sargento acompanhá-lo até a Policlínica, logo a frente do quartel. Logo ao chegar o jovem passou a sofrer as primeiras convulsões.

A partir daí perdeu a consciência, foi transferido para hospital privado da Capital onde foi submetido a uma cirurgia de emergência para instalação de um dreno, para combater a hemorragia forte no cérebro. Depois disso o jovem foi entubado e mantido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), vindo à óbito por volta das 22h de terça-feira (15).

Velório de Rodrigo foi realizado na sede do 1º Batalhão

Morte precoce do aluno que sonhava em seguir os passos do pai, também sargento dos Bombeiros revolta a família, que exige a apuração dos fatos e acusa a instituição de não dar assistência adequada ao jovem.

Após passar por necropsia no Instituto Médico Legal (IML), corpo de Rodrigo foi liberado para sepultamento. Durante parte da tarde de quarta-feira corpo ficou na sede do 1º Batalhão, no bairro Verdão. Segue para Tangará da Serra e posteriormente para ser sepultado em Sinop, na manhã de quinta-feira (17).

Mãe cobra punição e diz que vai lutar para que outras não passem o que ela está passando

"Vou lutar para que outras mães não passem o que estou passando. O sonho dele era ser um profissional como o pai. Os dois se formariam agora no dia primeiro, juntos. Meu esposo é aluno oficial e ele soldado, já estava com tudo pronto, arrumado o fardamento, tudo prontinho, mas foi interrompido infelizmente.” Disse Jane Patrícia Lima Claro, mãe do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, ao velar o corpo do filho no Batalhão do Corpo de Bombeiros em Cuiabá.

Ela diz ainda que não foi procurada pela Polícia, e aguarda uma resposta pra saber o que de fato aconteceu e que até o momento não tem informações sobre o caso. De acordo com Jane, durante a madrugada dois Coronéis do Corpo de Bombeiros estiveram com ela e garantiram que vão levar a investigação às últimas conseqüências.

“Do fundo do meu coração é exatamente isso que eu espero, porque o Corpo de Bombeiros é uma instituição de tanta credibilidade que não deve ser manchada por poucas pessoas. Tem que de fato procurar o que realmente aconteceu e que os culpados sejam punidos no rigor da lei, como deve ser.”

“Por que tanta atrocidade? Por que deixam pessoas fazerem isso com as outras? São pessoas que estão ali para salvar vidas e, de repente, matam um seu. Fica difícil expressar o sentimento no meu coração nesse momento”, disse.
Tenente Isadora Ledur é afastada mas promoção não será barrada
A tenente Isadora Ledur, foi afastada dos treinamentos do Corpo de Bombeiros. A informação foi confirmada pelo coronel Alessandro Borges Ferreira, na tarde desta quarta-feira (16), durante entrevista coletiva. Ele será o presidente do inquérito que irá apurar as denúncias de que a bombeira teria torturado o aluno durante treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

“Todas as denúncias serão levadas para o bojo do inquérito. É obvio que a tenente, até pelo que ocorreu, não irá neste momento participar dos treinamentos deste pelotão. Todos os fatos serão apurados, não vou fazer um pré-julgamento. Vamos buscar a verdade. Tudo o que ocorreu no dia, será constatado. A corporação não coaduna com excessos e atos ilegais. As decisões serão tomadas baseadas em fatos reais”, disse o coronel.

O presidente do inquérito ainda adiantou que a promoção da tenente para capitã, que ocorrerá nos próximos dias, não será barrada: “São dois fatos diferentes. Esta comissão se reuniu no início deste mês. Já foi feito todo o procedimento para a promoção. Não podemos condenar sem o inquérito. Não temos como segurar uma promoção sem o inquérito ser finalizado. Cada um vai responder pelos seus atos, se for culpado”.
Velório em Tangará da Serra reune mais de 500 pessoas.
Namorada tinha planos de casar

A namorada de Rodrigo Claro, Nadine Hurtado, falou.
 "O lema dos Bombeiros é salvar vidas e não matar uma vida", disse, comovida. " 
A formatura dele seria no final do ano, e havia um monte de planos, a gente ia casar". Segundo Nadine, a reclamação tanto de Claro quanto dos outros alunos era sempre da tenente Ledur. "Todo mundo reclamava dela, que ela pegava no pé, que ela fazia isso com todos. A gente estava lutando para salvar ele, agora só queremos que a justiça seja feita.".

EXPULSA JÁ

Uma campanha está rolando nas redes sociais, com o lema 'Expulsa já", onde os internautas pedem a expulsão da tenente Ledur, acusada de ter torturado o aluno Rodrigo Claro até a exaustão e posterior morte. Está marcada a promoção dela para Dezembro, quando deverá ser condecorada capitã. De acordo com o governo de Mato Grosso, o fato dela ter feito o que fez não tira o direito de sua promoção.
fonte: muvucapopular.com.br